11 fevereiro 2009

COM KD QUEM GANHA É VOCÊ!

Não quero ir contra corrente mas parece-me que há aqui um certo histerismo nas respostas da banda a quem passa. O primeiro anónimo não ofendeu ninguém. Criticou. Diz que damos dor de cabeça e não gosta da voz do Paulo. Muito bem. Não gosta, come menos. Mas não há razão para nos irritarmos com ele. Pelo contrário. Perdeu tempo para nos fazer uma crítica sem nos ofender.

Já a Sofia também não gosta da voz ou sequer da postura da banda. Não sei bem do que terá gostado, mas isso é outra história. Mas também ela nos viu ao vivo e perdeu tempo a vir aqui. E também não nos ofendeu. E deseja boa sorte. Sorte também para a Sofia, para o anónimo e para nós. Mas vamos tentar ser menos corporativos. Acredito que o Paulo não precise que o defendam (como ele bem mostrou) e a banda é o que é. O baterista é gordo, bate forte e tecnicamente é mau. O baixista não faz vozes de apoio, toca bem, é competente mas não é o fim do mundo. O guitarrista ritmo tem problemas na definição do som e tecnicamente também é mau, por outro lado faz vozes de apoio e se estou aqui a escrever é porque ele o tornou possível. O guitarra solo não é deus mas chega para fazer quase todas as melodias dominantes dos KD. E o vocalista, o centro do debate, está longe de ser bom, mas é o nosso. E tem uma bela presença em palco, deixem-me que o diga. E ele não vai sair. É, aliás, o verdadeiro líder da banda. E penso, ou quero acreditar nisso, que neste elenco nunca sairá ninguém que não o queira verdadeiramente fazer. Somos como somos. Pagamos para tocar. Temos orgasmos em alguns ensaios e em outros tantos concertos. E isso faz de nós uma banda genuína. Quer a Sofia e o anónimo gostem ou não. Porque, sejamos sinceros, nós tocamos mais para nós do que para os outros. Será, provavelmente, um dos nossos grandes defeitos. Mas também uma grande virtude.

Confesso que me parece que o concerto da Aula Magna foi uma bela merda. Tínhamos um som de merda, tanto fora como em palco e não demos tudo o que tínhamos para dar. Ao contrário do que aconteceu no Coliseu do Porto, onde acho que fomos memoráveis. Ou seja, a Sofia e o anónimo tiveram azar. Já nós tivemos sorte. Os UHF deram-nos a oportunidade de estarmos presentes nos dois.

Um abraço a todos, mas mais especial para os KD, uma banda cheia de defeitos mas com quem dá muito gozo tocar. É bom ser imperfeito com vocês. Mais. É uma honra ser imperfeito como vocês.

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